ONU alerta que América Central vive crise de refugiados por causa da violência
Relatório "Mulheres em fuga" afirma categoricamente que se trata de uma crescente
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O chefe da ACNUR, o português António Guterres, afirmou que, "enquanto a atenção internacional está voltada para os refugiados que chegam à Europa, há outra crise de proteção se desenvolvendo na América Central". Guterres assinalou que entre 2008 e 2014 a ACNUR foi registrada a chega do quíntuplo de refugiados aos Estados Unidos vindo dos países do Triângulo Norte centro-americano, mas os pedidos de abrigo no México e outros países multiplicaram por 13.
Nesse cenário, as mulheres e seus filhos são o elo mais frágil da corrente, por estarem expostos a abusos durante todo o processo. "Depois de pagar valores exorbitantes aos 'coiotes' (traficantes de pessoas), muitas mulheres são agredidas, estupradas e, muitas vezes, assassinadas pelo caminho", relata o texto.
Entre suas recomendações, a ACNUR assinala que os países devem "evitar utilizar a detenção como forma de conter o fenômeno", em uma referência à política adotada pelos Estados Unidos em sua fronteira sul.