ONU critica "agressão turca" na Síria e exige entrega de ajuda humanitária sem obstáculos

ONU critica "agressão turca" na Síria e exige entrega de ajuda humanitária sem obstáculos

Secretário-geral da Organização, António Guterres afirmou que ofensiva já obrigou quase 160 mil cidadãos a sair de casa

Correio do Povo

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O secretário-geral da Oganização das Nações Unidas, António Guterres, afirmou em um comunicado que "a agressão turca em territórios sírios obrigou quase 160 mil cidadãos a sair de casa", e exigiu "uma redução imediata da escalada", permitindo a entrega de ajuda humanitária sem obstáculos. Ele expressou profunda preocupação com a escalada da situação no norte da Síria, temendo a fuga de terroristas do Estado Islâmico e o ressurgimento do grupo.

Em uma reunião de ministros das Relações Exteriores da União Europeia em Luxemburgo, o bloco de 28 membros condenou "a ação militar da Turquia que prejudica seriamente a estabilidade e a segurança de toda a região". No entanto, a UE parou de impor um embargo ao armamento. Vários estados europeus, incluindo Alemanha e França, já suspenderam as exportações de armas para Ancara.

Em um discurso em Baku, no Azerbaijão, nesta segunda, o presidente turco Recep Tayyip Erdogan criticou a UE e a Liga Árabe por seus comentários à operação da Turquia, e disse que não desistiria da ofensiva "não importa o que digam". "Estamos determinados a continuar a operação até o fim, sem prestar atenção às ameaças. Vamos terminar absolutamente o trabalho que iniciamos. Nossa batalha continuará até que a vitória final seja alcançada", afirmou Erdogan.

Forças militares turcas e militantes do chamado Exército Livre da Síria (FSA), que desfrutam do patrocínio de Ancara, lançaram uma invasão transfronteiriça do nordeste da Síria há muito ameaçada em 9 de outubro, numa tentativa declarada de eliminar militantes curdos das Unidades de Proteção do Povo (YPG) para afastá-los das áreas de fronteira.


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