Operação contra dissidentes das Farc deixa 9 mortos na Colômbia

Operação contra dissidentes das Farc deixa 9 mortos na Colômbia

Nove rebeldes pertenciam aos dissidentes das guerrilhas dissolvidas

AFP

Na véspera, Iván Márquez apareceu em vídeo anunciando volta às armas com outros guerrilheiros

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O governo colombiano anunciou nesta sexta-feira a morte de nove guerrilheiros dissidentes do pacto de paz, no dia seguinte em que ordenou uma ofensiva contra o anúncio de uma rebelião armada de um grupo de ex-comandantes das Farc.

O ministro da Defesa, Guillermo Botero, informou no Twitter que os nove rebeldes pertenciam aos dissidentes das guerrilhas dissolvidas e foram mortos em áreas rurais de San Vicente del Caguán (sul). "Os criminosos estão avisados: eles que se rendam, ou serão derrotados", tuitou ele. Entre os mortos, está Gildardo Cucho, líder da estrutura atacada, informou o presidente Iván Duque.

"Autorizei (...) antecipar uma operação ofensiva contra esta quadrilha de delinquentes narcoterroristas que são residuais do que se conhecia como as Farc e que fazem parte das estruturas criminosas que pretendem desafiar a Colômbia", afirmou. Duque acrescentou que o ataque é uma "mensagem clara" aos líderes da antiga guerrilha que anunciaram sua volta às armas. 

Na véspera, Iván Márquez, ex-número dois da guerrilha dissolvida das Farc, cujo paradeiro era desconhecido há mais de um ano, reapareceu em um vídeo, anunciando sua volta às armas juntamente com outros chefes rebeldes que se distanciaram do acordo de paz na Colômbia. Na gravação postada em um canal do YouTube, Márquez, vestido de verde militar e acompanhado por Jesús Santrich, um foragido da Justiça, enfatizou: "Anunciamos ao mundo que a segunda Marquetalia (berço histórico da rebelião armada) começou sob proteção do direito universal que ajuda todos os povos do mundo a se levantarem contra a opressão".

Cucho era "um criminoso dedicado ao narcotráfico, ao sequestro, à intimidação de líderes sociais e que pretendia integrar essa estrutura que ontem se apresentava ao país como uma nova guerrilha, coisa que não é", garantiu Duque.


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