Oposição protocola moção de repúdio contra Theresa May

Oposição protocola moção de repúdio contra Theresa May

Primeira-ministra teve plano do Brexit vetado no parlamento britânico

AFP

Primeira-ministra teve plano do Brexit vetado no parlamento britânico

publicidade

O líder da oposição trabalhista no Reino Unido, Jeremy Corbyn, apresentou na noite desta terça-feira uma moção de censura contra o governo conservador de Theresa May. A ação ocorre logo após a rejeição maciça pelos deputados do acordo do Brexit que ela negociou com Bruxelas.

"Acabo de apresentar uma moção para que a Câmara possa dar seu veredito sobre sua incompetência", anunciou Corbyn diante dos parlamentares.

Por conta da recusa, a situação do Reino Unido na Europa fica indefinida. O Brexit poderá ser executado sem acordos prévios – o que causaria grandes prejuízos financeiros – ou um novo plebiscito poderá ser convocado para que a população opine para rever ou não  a possível saída do bloco europeu.

 O jornal The Guardian destacou que a primeira ministra sofreu a mais dura derrota de um premiê na era democrática com a rejeição de sua proposta para o Brexit. A diferença foi de 230 votos. O The Telegraph classificou como “derrota histórica”.

May prometeu que o governo apresentará um plano alternativo na segunda-feira. Mas isso depende de sobreviver à moção de censura apresentada pelo Partido Trabalhista. Essa moção, no entanto, não tem seu sucesso garantido: embora muitos rebeldes conservadores tenham votado contra o acordo de May, não é certo que apoiarão uma iniciativa que poderia expulsar seu partido do poder.

O plano B de May pode ser emendado pelos parlamentares com suas próprias propostas, então todas as opções estão abertas: de um Brexit sem acordo, de consequências catastróficas, até um segundo referendo, com esperança de voltar atrás.

Prevendo o cenário catastrófico em Londres, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, tinha voltado a Bruxelas nesta tarde, cancelando sua participação em um debate previsto com o chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, na quarta-feira em Estrasburgo.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895