Otan leva "muito a sério" resposta a ameaças russas, diz ministro britânico

Otan leva "muito a sério" resposta a ameaças russas, diz ministro britânico

Países temem que Rússia invada a Ucrânia

AFP

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O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, alertou nesta quinta-feira que a Otan leva "muito a sério" a ameaça representada pela Rússia e que, portanto, a aliança militar transatlântica continuará a fortalecer seu flanco leste.

"Levamos muito a sério como vamos enfrentar a ameaça que se apresenta atualmente tanto à Ucrânia quanto potencialmente à nossa segurança", disse Wallace, em Bruxelas, antes de um diálogo de ministros da Defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com seus colegas da Ucrânia e da Geórgia.

"Isso não é uma brincadeira, ou um assunto leve. Este é um verdadeiro desafio para a estabilidade da Europa. E uma das maneiras que podemos nos assegurar de que não haja um transbordamento da situação, ou uma escalada é oferecer resiliência aos nossos parceiros na Otan. É o que todos nós estamos fazendo", declarou.

Na quarta-feira, a aliança militar pediu a seus comandantes militares a preparação de planos para o envio de mais forças para os países associados na Europa Oriental, em meio à contínua tensão pelos temores ocidentais de uma invasão russa da Ucrânia.

Wallace reiterou a acusação lançada pela Otan, segundo a qual a Rússia estaria mantendo a concentração e a mobilização de tropas ao longo da sua fronteira com a Ucrânia, apesar de seus anúncios da retirada de parte dessas forças.

"Acho que vimos o oposto de algumas das declarações. Vimos um aumento de tropas nas últimas 48 horas", incluindo a construção de uma ponte "de Belarus para a Ucrânia, ou perto da Ucrânia", afirmou o ministro britânico.

Os países da Otan já começaram a enviar reforços em tropas e armas para seu flanco leste. Os Estados Unidos, por exemplo, anunciaram o envio temporário de cerca de 4.7 mil soldados adicionais para a Polônia.

Nesse sentido, Wallace anunciou que o Reino Unido colocará cerca de mil soldados prontos para agir e estuda dobrar sua contribuição para as forças da Otan na Estônia.


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