Países da OMS prolongam negociações para tratado sobre pandemias

Países da OMS prolongam negociações para tratado sobre pandemias

Decisão foi tomada após Assembleia Mundial da Saúde, reunida em Genebra, na Suíça

AFP
Assembleia Mundial da Saúde ocorreu na Suíça nesta semana

Assembleia Mundial da Saúde ocorreu na Suíça nesta semana

publicidade

A Assembleia Mundial da Organização Mundial da Saúde (OMS), o órgão máximo da agência que conta com 194 países-membros, concedeu neste sábado (1º) mais um ano a seus integrantes para elaborar um acordo de prevenção e luta contra futuras pandemias.

A Assembleia Mundial da Saúde, reunida em Genebra, na Suíça, de 27 de maio a 1º de junho, 'assumiu compromissos concretos para concluir as negociações sobre um acordo mundial sobre pandemias no prazo máximo de um ano', indicou a organização de saúde da ONU em comunicado.

Durante a reunião na cidade suíça, o órgão acordou também modificar o quadro internacional de normas sanitárias vinculantes para introduzir uma definição de 'emergência pandêmica', segundo o comunicado emitido ao término da reunião. Esta exigirá dos Estados-membros uma ação coordenada 'rápida', detalha o documento. As negociações entre os países para um tratado sobre pandemias, prorrogadas em várias ocasiões, terminaram em maio sem um acordo, depois de três anos de esforços.

Veja Também

A importância da prevenção e da luta contra as pandemias ficou em evidência depois da catástrofe humana e econômica provocada pela covid-19, que deixou clara a falta de preparação, coordenação e solidariedade.

Há mais de dois anos, um grupo de países tenta elaborar um quadro-geral de resposta a esse tipo de situação e, apesar dos avanços, ainda há obstáculos difíceis de superar.

O principal é a criação de um sistema multilateral dirigido pela OMS para ter acesso aos patógenos com potencial pandêmico detectados em diferentes países, e aos produtos que servem para combatê-los.

Os países em desenvolvimento são reticentes a compartilhar informação sobre seus agentes patógenos sem garantias de acesso a vacinas e outros produtos sanitários. O financiamento deste plano, particularmente para os países com menos receitas, é outro ponto delicado, assim como a distribuição equitativa de testes de detecção, tratamentos e vacinas, e os meios para a sua produção.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895