Pai de Aylan lamenta passividade do mundo ante refugiados mortos no mar
Abdullah Kurdi perdeu ainda a mulher e o filho mais velho no naufrágio de embarcação
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"Todos queriam fazer algo depois da foto que tanto comoveu", disse o homem de 41 anos, ao recordar a imagem do filho morto na praia de Bodrum. "Mas o que acontece agora? As mortes continuam e ninguém faz nada", completou Abdullah Kurdi, cuja família está enterrada em Kobane, uma cidade síria próxima da fronteira com a Turquia.
Ele não lamenta, no entanto, a divulgação da foto do filho mais novo, por considera que "uma coisa assim deve ser mostrada para que as pessoas vejam claramente o que acontece". "O horror na Síria tem que terminar. As tragédias do exílio também", completou.
Morando atualmente em Erbil, no Curdistão iraquiano, o pai de Aylan e de Galip sente que está mais seguro do que antes, mas "para fazer o que", ele questiona.