Palestino é morto na Faixa de Gaza pelo exército israelense

Palestino é morto na Faixa de Gaza pelo exército israelense

Homem participava de protesto contra o reconhecimento de Jerusalém como capital do país

AFP

Homem participava de protesto contra o reconhecimento de Jerusalém como capital do país

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Pelo menos um palestino morreu a tiros pelo exército israelense, nesta sexta-feira, na Faixa de Gaza. Ainda nesta manhã, o Ministério da Saúde do enclave palestino voltou atrás e corrigiu que outro palestino, anunciado anteriormente como morto, encontra-se em estado grave. Os dois homens participam de protestos contra o reconhecimento pelos Estados Unidos de Jerusalém como a capital de Israel. 

A primeira vítima, Mahmud al-Masri, de 30 anos, morreu a leste Khan Yunes, quando protestava próximo à barreira de segurança de Israel com a Faixa de Gaza. O segundo, ainda não identificado, foi morto em circunstâncias parecidas no leste do território.

Os protestos contra a postura dos Estados Unidos começaram ainda na quinta-feira - um dia após o presidente americano Donald Trump anunciar a transferência imediata da embaixada do país em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém. Ainda ontem, mais de 20 palestinos ficaram feridos por balas de borracha e tiros de arma de fogo em toda a Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

A decisão de Trump implica no reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, o que é rejeitado pelo mundo islâmico, que tem na cidade diversos locais sagrados.

No discurso, Trump reforçou que o posicionamento não significa que ele esteja tomando partido de algum dos lados do conflito Israel-Palestina. "Vou fazer tudo o que estiver em meu poder para ajudar em um acordo em Israel. Nos mantemos profundamente comprometidos em conseguir a paz entre os dois lados", disse o presidente.

A construção da nova embaixada começará o quanto antes, segundo Trump, e contará com "o trabalho de arquitetos e engenheiros para tornar o prédio um monumento pela paz".

O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel havia sido aprovado pelo Congresso americano em 1995, mas nunca chegou a ser colocado em prática. O texto dá ao presidente americano o poder de adiar a decisão a cada seis meses, sob o argumento de que ela representa uma ameaça à segurança dos EUA.


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