Parlamento da Venezuela pede para ONU investigar morte de militar na prisão

Parlamento da Venezuela pede para ONU investigar morte de militar na prisão

Capitão Rafael Acosta Arévalo estava detido por um suposto complô contra o governo

AFP

Atual presidente do Parlamento, Juan Guaidó se declarou presidente interino do país

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O Parlamento da Venezuela, de maioria opositora, pediu para a ONU investigar a morte de um militar detido por um suposto complô contra o governo, que teria morrido devido torturado, segundo denúncias de dirigentes políticos, familiares e organizações defensoras de direitos humanos. A Comissão de Política Exterior do Legislativo, em um comunicado que divulgou neste domingo, pediu para a Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, "uma investigação imparcial urgente" sobre a morte do capitão Rafael Acosta Arévalo, ocorrida na madrugada de sábado.

O documento também se dirige à Comissão Interamericana de Direitos Humanos e à Corte Penal Internacional. O Parlamento pediu ainda para a análise a autópsia do corpo ser feita por uma "equipe forense independente internacional", além da "verificação do estado de saúde" de todos militares presos acusados de conspirar contra o governo de Nicolás Maduro. Todas as decisões do Congresso, o único poder controlado pela oposição, são consideradas nulas pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) e uma Assembleia Constituinte 100% pró-governo assumiu suas funções na prática.

Acosta foi preso em 21 de junho por uma suposta conspiração para derrubar e matar Maduro, sendo um dos 13 capturados pelo caso, segundo o ministro da Comunicação, Jorge Rodríguez, na quinta-feira passada. Bachelet estava visitando a Venezuela no momento da prisão. Acosta foi torturado "selvagem e brutalmente", disse no sábado o líder do Parlamento, Juan Guaidó, autoproclamado e reconhecido presidente interino da Venezuela por cerca de 50 países.


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