Peru retoma toque de recolher dominical e proíbe reuniões sociais por surto de pandemia

Peru retoma toque de recolher dominical e proíbe reuniões sociais por surto de pandemia

Determinação foi comunicada pelo presidente Martín Vizcarra nesta quarta-feira

AFP

Determinação foi comunicada pelo presidente Martín Vizcarra nesta quarta-feira

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O Peru vai restaurar o toque de recolher de domingo e proibir reuniões sociais familiares, que se tornaram a principal fonte de contágio do surto da pandemia no país, anunciou o presidente Martín Vizcarra na quarta-feira.

"Temos que dar um passo atrás nas medidas que estávamos lançando. A partir deste domingo, a imobilização obrigatória em nível nacional será retomada", disse Vizcarra ao anunciar as novas medidas para conter o aumento das infecções detectadas após o início há seis semanas a desconfinamento gradual para reativar a economia.

Casos e mortes em alta

Desde que o governo habilitou o desconfinamento em 1° de julho em 18 das 25 regiões do país e depois autorizou o transporte nacional aéreo e terrestre, os casos mais que dobraram, passando de uma média de 3.300 diários há um mês para 7.025 na última semana, segundo dados oficiais.

As mortes também registraram um aumento, passando de uma média de 182 por dia no início de julho para 208 na última semana, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O número oficial de mortos é uma questão polêmica no Peru. A imprensa local estima que se os casos suspeitos forem incluídos, os mortos por Covid-19 chegariam os 50 mil. O governo contabiliza apenas os casos confirmados.

Reativar a economia

O gabinete liderado por Martos é o quinto designado pelo presidente Martín Vizcarra, que iniciou o último ano de seu governo em 28 de julho, após assumir o poder em março de 2018.

O Congresso exige que Vizcarra priorize a atenção sanitária e a recuperação da economia, que entrou em colpaso durante os quase quatro meses de confinamento pela pandemia. Vizcarra não tem partido nem bancada no Congreso, mas supre essa desvantagem com um forte apoio nas pesquisas, com mais de 60% de aprovação.

O PIB do Peru caiu 17% nos primeiros cinco meses do ano e espera-se uma contração de 12,5% em 2020.


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