Polícia do Paquistão revisa e reduz para 84 o número de mortos de atentado contra mesquita

Polícia do Paquistão revisa e reduz para 84 o número de mortos de atentado contra mesquita

Autoridades informaram que algumas vítimas foram registradas duas vezes por seus familiares

AFP

publicidade

A polícia do Paquistão revisou e reduziu o balanço de vítimas do atentado atentado suicida de segunda-feira contra uma mesquita que fica dentro de um complexo das forças de segurança de Peshawar, no qual morreram 84 pessoas, e não 101 como anunciado anteriormente. "A confusão e os números incorretos foram provocados por famílias que registraram duas vezes (suas vítimas) nos hospitais", declarou à AFP o chefe da polícia de Peshawar, Ijaz Khan. "Agora que terminaram os trabalhos de resgate, nós compilamos os números e 84 pessoas morreram como mártires no atentado de segunda-feira", acrescentou.

Khan afirmou que 83 eram policiais e a outra vítima fatal era uma civil que morava e trabalhava no quartel das forças de segurança. O autor do atentado suicida usava uniforme e capacete da polícia. "Os policiais em serviço não o revistaram porque estava usando um uniforme da polícia. Foi uma falha da segurança", declarou Moazzam Jah Ansari, chefe de polícia da província de Khyber Pakhtunkhwa, em entrevista coletiva nesta quinta-feira.

No dia 30 de janeiro à tarde, centenas de agentes rezavam na mesquita da sede policial quando aconteceu a explosão. Um muro desabou e várias pessoas ficaram soterradas. Este foi um dos ataques mais violentos no Paquistão nos últimos anos. A polícia tem já tem ideia sobre a identidade do autor do crime, graças a sua cabeça, encontrada no local da explosão, e às imagens das câmeras de segurança. "Há toda uma rede por trás dele", acrescentou Ansari, ao destacar que o ataque não foi organizado por uma única pessoa.

O ataque deixou a cidade em um estado de tensão que não era observado há mais de uma década, quando era cenário das ações desenfreadas do Talibã paquistanês (TTP), grupo que depois foi expulso para a fronteira montanhosa com o Afeganistão. Analistas consideram que os militantes paquistaneses foram encorajados pelo retorno do Talibã ao poder em Cabul.

 

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895