Polícia prende terceiro suspeito de planejar atos 'terroristas' no Brasil

Polícia prende terceiro suspeito de planejar atos 'terroristas' no Brasil

Detenção ocorre na cidade do Rio de Janeiro

AFP e AE

Delegacia modelo irá integrar superintendência no Paraná

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A polícia prendeu um terceiro suspeito de ter participado de preparativos para supostos atos "terroristas" no Brasil, que segundo Israel estavam relacionados ao grupo xiita Hezbollah. A confirmação foi dada pelas autoridades nesta segunda-feira(13). "Neste domingo (12/11) foi preso mais um investigado na cidade do Rio de Janeiro, perto das 18 horas", informou a polícia em nota.

A prisão é desdobramento da Operação Trapiche, inicialmente aberta na quarta-feira passada, dia 8. Na ocasião, foram presos dois alvos: o autônomo Lucas Passos Lima, 35, detido no aeroporto de Guarulhos, na Grande São Paulo, quando voltava do Líbano, e o técnico em plásticos Jean Carlos de Souza, 38, preso próximo a um hotel onde estava hospedado no centro da capital paulista.

Segundo apurou o Estadão, o terceiro preso da investigação é um músico ligado a Mohammad Khir Adbulmajid, apontado como elo entre o Hezbollah e os brasileiros sob suspeita. Em depoimento, o novo alvo da Trapiche alegou que foi contratado para fazer um show no Líbano.

Também na mira da PF, o nome de Mohammad está na lista de difusão vermelha - mais procurados - da Interpol. Segundo investigadores, ele estaria no Líbano.

Segundo a Mosad, a agência de inteligência israelense que disse ter colaborado com os serviços de segurança brasileiros, a "célula terrorista" planejava um ataque contra "alvos israelenses e judeus no Brasil".

Apoiado pelo Irã, o Hezbollah é um movimento xiita libanês com estreitos laços com o Hamas, envolvido em um sangrento conflito com Israel na Faixa de Gaza, após o massacre de 7 de outubro de 1.200 pessoas, a maioria civis, em solo israelense.

As autoridades brasileiras criticaram as afirmações de Israel de que teria ajudado a desmobilizar uma "célula" do Hezbollah. O ministro da Justiça, Flávio Dino, repudiou as conclusões antecipadas com fins de politização.

Na primeira audiência diante de um juiz realizada na sexta-feira, os dois primeiros suspeitos presos negaram veementemente os fatos.

As investigações sobre as supostas operações do Hezbollah na região se concentram na região de fronteira com Argentina e Paraguai, países com uma importante população de origem libanesa.

Segundo os Estados Unidos, o Hezbollah é financiado na região apoiando o crime organizado com lavagem de dinheiro.


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