Prêmio Nobel da Paz vai para presidente da Colômbia

Prêmio Nobel da Paz vai para presidente da Colômbia

Juan Manuel Santos foi agraciado após ter concluído acordo com as Farc

AFP e Agência Brasil

Prêmio Nobel da Paz vai pra presidente da Colômbia

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O Prêmio Nobel da Paz foi atribuído nesta sexta-feira ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, por ter concluído um acordo com a guerrilha marxista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) para encerrar um conflito de mais de 50 anos.

O acordo foi rejeitado pela população colombiana em um referendo no último domingo em uma votação apertada, mas "o fato de a maioria dos eleitores ter dito não ao acordo de paz não significa necessariamente que o processo de paz está morto", disse a presidente da Comitê Nobel norueguês, Kaci Kullmann Five.

No dia seguinte ao referendo, Santos enviou o chefe dos negociadores do governo, Humberto de la Calle, e o Alto Comissário para a Paz, Sergio Jaramillo, para se reunir com os representantes das Farc em Havana. Segundo Santos, o diálogo com a oposição tem o propósito de "atender, na medida do possível, suas observações e propostas de ajuste para se encontrar um caminho que não apenas culmine com a aprovação do acordo de paz, mas que também o fortaleça".



O líder da oposição Álvaro Uribe declarou ao final da reunião que "é melhor uma paz para todos os colombianos do que um acordo fraco para a metade dos cidadãos". O ex-presidente disse aos jornalistas que na reunião com Santos foram analisados "ajustes e propostas iniciais, que deverão ser introduzidas nos textos de Havana para se buscar um novo acordo de paz, que vincule a totalidade dos colombianos".

Entre os ajustes Uribe mencionou "a necessidade" de que o grupo rebelde "cesse todos os crimes" e que o governo garanta a segurança de seus membros. O ex-presidente defendeu ainda "soluções jurídicas imediatas" para os guerrilheiros rasos não ligados a crimes contra a humanidade.

Lista dos 10 últimos vencedores do Nobel da Paz 

2014: A paquistanesa Malala Yousafzai e o indiano Kailash Satyarthi por seu combate à opressão contra crianças e jovens e a defesa da educação para todos os menores.

2013: Organização para a Proibição de Armas Químicas (OIAC) por seus esforços visando livrar o planeta das armas de destruição em massa.

2012: União Europeia (UE) pelo projeto que contribuiu para pacificar um continente devastado por duas guerras mundiais.

2011: As liberianas Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee, e a iemenita Tawakkol Karman por sua luta pela segurança das mulheres e por seu direito de participar do processo de paz.

2010: O dissidente chinês preso Liu Xiaobo por seus esforços persistentes e pacíficos em favor dos direitos humanos na China.

2009: O presidente americano Barack Obama por seus esforços extraordinários para reforçar a diplomacia internacional e a cooperação entre os povos.

2008: O finlandês Martti Ahtisaari por suas numerosas mediações de paz ao redor do mundo.

2007: O ex-vice-presidente americano Al Gore e o painel da ONU sobre Mudanças Climáticas por seus esforços para ampliar o conhecimento sobre o aquecimento global.

2006: O bengalês Muhammad Yunus e sua instituição especial de micro-crédito, o Grameen Bank, por permitir a uma parcela importante da população obter os meios para sair da pobreza.

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