Premiê sueco renuncia após derrota em moção de censura no Parlamento

Premiê sueco renuncia após derrota em moção de censura no Parlamento

Líder social-democrata descartou a opção alternativa de convocar eleições antecipadas

AFP

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O primeiro ministro da Suécia, Stefan Löfven, apresentou sua renúncia nesta segunda-feira (18), uma semana depois de ter sido derrotado em uma moção de censura, e deixou para o presidente do Parlamento a missão de tentar encontrar um novo chefe de Governo. O líder social-democrata, que tinha até esta segunda-feira para anunciar a decisão, descartou a opção alternativa de convocar eleições antecipadas.

"A um ano das eleições previstas, levando-se em consideração a situação excepcional em que o país se encontra, com uma pandemia e os desafios que isto representaria, eleição antecipada não é o melhor para a Suécia", declarou Löfven em uma entrevista coletiva. "Por isto, solicitei ao presidente da Câmara para ser destituído de minhas funções de primeiro-ministro", completou.

Löfven, que se tornou o primeiro chefe de Governo da Suécia derrotado em uma moção de censura, afirmou, no entanto, que está disposto a retornar ao cargo após negociações parlamentares. Na prática, seu governo se limita atualmente a administrar as questões pendentes. Este ex-soldador e líder sindical de 63 anos, levou a esquerda sueca de volta ao poder em 2014 e conseguiu se manter no poder ao aproximar seu partido da centro direita nas eleições de 2018. Esse movimento acarretou a perda de apoio do Partido da Esquerda.

A moção de censura foi apresentada pelo Partido Democratas da Suécia, de extrema direita, depois que o Partido da Esquerda anunciou que poderia apresentá-la em protesto contra um plano para reduzir o controle do valor dos aluguéis. O conservador Partido Moderado e os Democratas-Cristãos apoiaram a moção, aprovada por 181 votos, do total de 349. Depois de 11 moções de censura na história política moderna da Suécia, Lofven estabeleceu um precedente, embora tenha mostrado capacidade de sobreviver a várias crises políticas.


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