Presidente da Tunísia decreta estado de emergência

Presidente da Tunísia decreta estado de emergência

País vem enfrentando um crescimento dos movimentos jihadistas

AFP

Chefe de estado tunisiano, Beji Caid Essebsi, declarou estado de emergência neste sábado

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O chefe de Estado tunisiano, Beji Caid Essebsi, declarou estado de emergência neste sábado, oito dias após o ataque sangrento que matou 38 turistas em um hotel à beira-mar. "O presidente irá discursar à nação às 17h (13h de Brasília)", indicou o serviço de comunicação da presidência.

O estado de emergência confere poderes de exceção à polícia e ao exército. Ele foi levantado no país em março de 2014, depois de ser constantemente renovado desde janeiro de 2011 e a fuga do presidente Zine El Abidine Ben Ali, na esteira da revolta que lançou a "Primavera Árabe". A Tunísia, que tem enfrentado desde a sua revolução um crescimento dos movimentos jihadistas, responsáveis pela morte de dezenas de policiais e soldados, foi atingida por dois ataques reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI) no espaço de três meses.

Cinquenta e nove turistas estrangeiros foram mortos neste ano: 21 no Museu do Bardo, em Túnis, em março, e 38 em um hotel à beira-mar em Port El Kantaoui, em 26 de junho. Em uma entrevista exibida na sexta-feira pela BBC, o primeiro-ministro Habib Essid reconheceu que a polícia tinha reagido de forma lenta ao ataque em Port El Kantaoui, o primeiro reconhecimento oficial de falhas de segurança.

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