Presidente ucraniano conversa com Putin sobre tensão no leste da Ucrânia

Presidente ucraniano conversa com Putin sobre tensão no leste da Ucrânia

Na terça-feira, quatro soldados morreram durante um ataque com foguetes perto do estratégico porto de Mariupol

AFP

Relações entre Ucrânia e Rússia estão em um ponto de extrema tensão desde a chegada ao poder em 2014 de um governo pró-Ocidente em Kiev, da anexação da Crimeia por Moscou e de um conflito com separatistas pró-Rússia no leste ucraniano

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O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, afirmou que conversou por telefone com seu colega russo, Vladimir Putin, para que os separatistas pró-Rússia do leste do país interrompam a escalada de combates, o que provocou a morte de quatro soldados da Ucrânia na terça-feira. "Eu disse que isto não nos aproxima da paz. Eu pedi que ele exerça sua influência para que (os separatistas) parem de matar nossos cidadãos", declarou Zelenski.

Na terça-feira, quatro soldados morreram durante um ataque com foguetes perto do estratégico porto de Mariupol, sob controle de Kiev, informou Oleksandre Daniliuk, secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional ucraniano. Este foi o incidente mais violento desde o início de uma nova trégua, em 21 de julho.

Zelenski, que anunciou uma "longa conversa" com Putin, afirmou que também conversou com o presidente francês Emmanuel Macron e que deseja falar em breve com a chanceler alemã Angela Merkel para organizar um "encontro urgente" entre os três governantes.

O presidente ucraniano afirmou que o exército do país mantém as operações para a retirada de minas em zonas em guerra e que é necessário "acelerar" a construção de uma ponte no posto de controle de Stanitsa Lugansk, entre os territórios separatistas e ucranianos. As relações entre Ucrânia e Rússia estão em um ponto de extrema tensão desde a chegada ao poder em 2014 de um governo pró-Ocidente em Kiev, da anexação da Crimeia por Moscou e de um conflito com separatistas pró-Rússia no leste ucraniano, que deixou quase 13.000 mortos em cinco anos. A Ucrânia e seus aliados ocidentais acusam a Rússia de apoiar militarmente os separatistas das regiões de Donetsk e Lugansk, o que Moscou nega.


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