Primeiros aviões com ajuda médica chegam à capital do Iêmen

Primeiros aviões com ajuda médica chegam à capital do Iêmen

Carga de ajuda da Cruz Vermelha tem medicamentos, antibióticos e lotes de primeiros socorros

AFP

Primeiros aviões com ajuda médica chegam à capital do Iêmen

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O primeiro avião do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), com 16 toneladas de ajuda médica, assim como outro do Unicef pousaram nesta sexta-feira na capital do Iêmen, Sanaa, anunciou a porta-voz da organização no país, Marie-Claire Feghali. "A carga tem medicamentos e instrumentos cirúrgicos", afirmou a porta-voz, que estava presente no aeroporto da capital iemenita. "No sábado um segundo avião deve transportar 32 toneladas de ajuda médica, geradores e equipamentos para purificar a água destinados aos hospitais de Sanaa", disse.

Poucas horas depois, um avião fretado pelo Unicef pousou em Sanaa com 16 toneladas de medicamentos a bordo, afirmou Mohamed al-Asadi, porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância. A primeira carga de ajuda do organismo para o Iêmen tem "medicamentos, antibióticos e lotes de primeiros socorros", disse o porta-voz. Ao mesmo tempo, um navio com ajuda médica do CICV chegou nessa quarta-feira a Áden, incluindo cinco membros da organização Médicos Sem Fronteiras (MSF). No mesmo dia, a MSF enviou ao Iêmen uma carga de 2,5 toneladas de material médico.

Esta semana, a Cruz Vermelha alertou para uma situação humanitária "crítica" no Iêmen, cenário de um conflito entre uma poderosa milícia xiita, que assumiu o controle de Sanaa, e os partidários do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi. Há mais de duas semanas, uma coalizão árabe liderada pela Arábia Saudita bombardeia os rebeldes xiitas huthis e seus aliados em vários pontos do país.

Nesta sexta-feira, o Parlamento do Paquistão aprovou uma resolução que pede ao governo uma posição de neutralidade no conflito do Iêmen, apesar dos pedidos de ajuda militar da Arábia Saudita. A resolução apela ao primeiro-ministro Nawaz Sharif que intensifique os esforços para obter uma solução pacífica no conflito, que desestabiliza ainda mais o Oriente Médio. Os deputados destacaram que o Paquistão deveria desempenhar um papel de mediador no conflito, sem envolvimento nos combates, em uma rejeição de fato ao pedido de Riad para o envio de tropas, navios e aviões de guerra.

A Arábia Saudita deseja a entrada de Islamabad na coalizão árabe que luta no Iêmen contra os rebeldes xiitas, apoiados pelo Irã, vizinho do Paquistão. O conflito deixa o Paquistão em uma posição difícil entre Riad, um aliado próximo e doador regular do país, com o qual tem uma cooperação na área militar, e seu poderoso vizinho Irã, hostil à operação saudita.

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