Procurador que investiga Trump diz que não vai tolerar intimidações e ameaças

O promotor distrital do condado de Nova York, Alvin Bragg, que investiga Donald Trump, enviou um e-mail aos seus subordinados, na noite de sábado (18), em que disse que não se intimidaria pela convocação de protestos por parte do ex-presidente dos EUA. "Não toleramos tentativas de intimidar nosso escritório ou ameaçar o estado de direito em Nova York", escreveu Bragg em um e-mail ao qual a emissora de TV ABC News teve acesso.

O procurador investiga se Trump falsificou registros comerciais ao ocultar o reembolso de um pagamento de US$ 130 mil (R$ 686 mil) que o advogado dele, Michael Cohen, havia feito à atriz pornô conhecida como Stormy Daniels, para que ela não falasse publicamente sobre um suposto caso que teve com o político.

O valor foi desembolsado nas últimas semanas da corrida presidencial de 2016. Segundo a ABC News, o e-mail não mencionou diretamente o ex-presidente, mas fez referência à "atenção contínua da imprensa e aos comentários públicos em torno de uma investigação em andamento por este escritório".

Trump usou a rede social Truth Social para convocar apoiadores. Ele disse que havia ocorrido um "vazamento" de informações no escritório do procurador de Nova York. "O principal candidato republicano e ex-presidente dos Estados Unidos da América será preso na terça-feira da próxima semana. Protestem, recuperem nossa nação!", escreveu. A Procuradoria de Manhattan foi procurada pela ABC News, mas não comentou o caso.