Procurador saudita inocenta príncipe e pede pena de morte a cinco acusados
Arábia Saudita busca mostrar que governante do país não se envolveu na execução de jornalista
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Nesta quinta-feira, os Estados Unidos anunciaram sanções econômicas contra 17 autoridades sauditas envolvidas neste assassinato, entre elas pessoas próximas a Bin Salman, assim como o cônsul-geral em Istambul, Mohammed Al Otaibi. O príncipe-herdeiro, apelidado de "MBS", não estava a par do caso, afirmou o procurador-geral e porta-voz, Shaalan al Shaalan, em resposta à pergunta de um jornalista.
Segundo o mesmo porta-voz, o subdiretor dos serviços de Inteligência, general Ahmed al-Asiri, ordenou que Khashoggi fosse levado por bem, ou por mal, mas o chefe da equipe de "negociadores" enviados ao local ordenou matá-lo. Os restos mortais do jornalista, de 59 anos, foram depois entregues a um agente do lado de fora do consulado, acrescentou Shaalan, citado pela agência oficial de notícias SPA.
Do total de 21 suspeitos, o procurador-geral indiciou até agora 11 pessoas que terão de comparecer diante dos tribunais. O chanceler saudita, Adel Al-Jubeir, por sua vez, afirmou que o príncipe-herdeiro "não tem nada a ver" com o assassinato de Khashoggi.
O Departamento de Estado americano considerou estas primeiras acusações como "um bom primeiro passo" em "uma boa direção", enquanto exigiu que Riad prosseguisse com a investigação.