Professores são demitidos na Turquia após golpe frustrado
Educadores são suspeitos de manter vínculos com rebeldes curdos
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• Presidente da Turquia reforma Forças Armadas após tentativa de golpe
Pela manhã, mais de 18 milhões de alunos começaram o ano letivo na Turquia, onde a lembrança das 270 mortes e 2 mil feridos deixados pela tentativa de golpe ainda é recente. Ao chegarem às aulas, os alunos receberam um folheto sobre "o triunfo da democracia em 15 de julho e em memória dos mártires". O documento foi preparado pelo Ministério da Educação.
Em seguida, todos fizeram "um minuto de silêncio em homenagem aos mártires" para depois "rezar" por eles. Depois disso, viram dois vídeos, filmados sobre a ponte de Bósforo, em Istambul, que mostra "os mártires" e "um povo que se transformou em um só homem para se opor ao golpe". A narração é do presidente Recep Tayyip Erdogan, tendo o hino nacional ao fundo.
As volta às aulas ocorre depois de uma onda de expurgo feita no funcionalismo público para afastar qualquer influência de Gülen. Exilado nos Estados Unidos desde 1999, o religioso é considerado por Ancara como instigador do golpe frustrado. Ele rejeita essas acusações.
Na cidade de Diyarbakir, local onde a população é majoritariamente curda, 100 alunos se manifestaram, pedindo "o retorno de (seus) professores". Os mesmos foram retirados pelas forças da ordem.