Protestos contra filme anti-Islã se espalham pela Tunísia

Protestos contra filme anti-Islã se espalham pela Tunísia

Polícia precisou conter os manifestantes com gás lacrimogêneo

AFP

Polícia tenta conter protestos no Sudão

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Uma nova onda de protestos contra o filme anti-Islã se espalha pelo Oriente Médio e norte da África nesta sexta-feira. Em Túnis, capital da Tunísia, a polícia jogou gás lacrimogêneo contra centenas de os membros da ala radical do salafismo, que protestavam diante da sede diplomática americana jogando pedras e outros objetos. Foram ouvidos longos estrondos nas ruas vizinhas, mas os jornalistas presentes não conseguiram ainda determinar o tipo de munição usado.

Em Cartum, no Sudão, as forças de segurança também lançaram gás lacrimogêneo contra os cerca de 10 mil manifestantes que se aproximavam da embaixada americana, depois de terem atacado a embaixada da Alemanha e da Grã-Bretanha. Centenas de agentes foram posicionados para bloquear a rua onde fica o consulado, enquanto os manifestantes se aproximavam aos gritos "Deus é grande" para protestar contra o filme americano que ofende Maomé.

Mais cedo, quase 5 mil manifestantes islamitas incendiaram a embaixada da Alemanha em Cartum, depois de arrancar a bandeira do país e substituí-la por um símbolo islamita. Os funcionários da embaixada estão a salvo, informou o governo alemão em Berlim. Os manifestantes bloquearam o tráfego para impedir a aproximação dos bombeiros.

O longa-metragem, intitulado "A Inocência dos Muçulmanos", faz referência à vida de Maomé, abordando temas como a homossexualidade e a pedofilia, além de apresentar os muçulmanos como imorais e gratuitamente violentos. O filme foi dirigido e produzido por Sam Bacile, um corretor imobiliário israelense-americano de 54 anos, nativo do sul da Califórnia, que afirma que o Islã é "uma religião do ódio".

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