Putin assina anulação de dívida cubana com União Soviética
Acordo prevê o cancelamento de 31,7 bilhões de dólares de saldo devedor
publicidade
O acordo prevê o cancelamento de 31,7 bilhões de dólares de dívida cubana, 90% do total que a ilha comunista acumulava com a União Soviética, seu grande sócio econômico e apoio diplomático nos anos da Guerra Fria. O resto da dívida, 3,5 bilhões de dólares, deverá ser reembolsado ao longo dos 10 próximos anos, com pagamentos a cada seis meses. O dinheiro será reinvestido em Cuba, que em junho colocou em vigor uma nova Lei de Investimento Estrangeiro com a esperança de atrair capitais para potencializar sua economia, que não decola, apesar das reformas do governo de Raúl Castro.
Putin se reunirá nesta sexta-feira em Havana com Raúl e Fidel Castro, e falará das relações comerciais. Acredita-se que assinará contratos no âmbito da energia. Segundo o Kremlin, os grupos petrolíferos russos Rosneft e Zaroubezhneft entrarão na exploração e extração de hidrocarbonetos com a empresa pública cubana Cupet. Também se espera que o grupo russo de energia elétrica Inter RAO participe da modernização de duas centrais térmicas.
Rússia e Cuba querem construir juntos um importante centro de transportes perto de Havana, que inclui um aeroporto em San Antonio de los Baños, 30 km a oeste da capital cubana. No âmbito da aviação civil, Moscou espera fechar a venda de aeronaves de longo percurso Iliushin 96-300, aviões Antonov 148 e helicópteros Mi-171. Cuba e Rússia estreitam os laços desde 2005 após um distanciamento com a desintegração da União Soviética, em 1991.