Quase toda a população de Gaza vive na pobreza após um ano de guerra, alerta OIT

Quase toda a população de Gaza vive na pobreza após um ano de guerra, alerta OIT

Território é destruído por seguidos bombardeios

AFP
População de Gaza vive situação de vulnerbalidade

População de Gaza vive situação de vulnerbalidade

publicidade

Quase toda a população de Gaza "vive na pobreza" depois de um ano de guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, que devastou a economia do território, alertou a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em um relatório divulgado nesta quinta-feira (17).

"O impacto da guerra na Faixa de Gaza teve um preço que vai muito além da perda de vidas, das condições humanitárias desesperadoras e da destruição física", afirmou Ruba Jaradat, diretora regional da OIT para os Estados árabes.

O conflito "alterou fundamentalmente o cenário socioeconômico de Gaza, ao mesmo tempo que afetou gravemente a economia e o mercado de trabalho" da Cisjordânia ocupada, acrescentou. "O impacto será sentido por gerações", alertou.

Em Gaza, "quase 100% da população vive na pobreza, o que reflete a grave situação enfrentada pelas famílias que lutam para satisfazer as suas necessidades básicas", destaca o relatório da agência da ONU. Na Cisjordânia, a contração econômica "mais do que duplicou a taxa de pobreza no curto prazo", passando de 12% em 2023 para 28% em meados de 2024, indicou a agência.

Veja Também

O índice de desemprego neste território situou-se em média em 34,9% entre o início de outubro de 2023 e o final de setembro de 2024. Em Gaza, o desemprego no mesmo período situou-se em 79,7%, uma média "chocante", afirmou a OIT.

O custo econômico da guerra para os territórios palestinos não tem precedentes, segundo a organização. O Produto Interno Bruto (PIB) da Cisjordânia contraiu 21,7% face aos 12 meses anteriores e o de Gaza caiu 84,7%.

As estatísticas das Nações Unidas "refletem a paralisação da maioria das atividades econômicas em Gaza devido à destruição de casas e infraestruturas e ao deslocamento recorrente de trabalhadores e empregadores", explicou a OIT.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895