Rússia espera produzir vacinas contra o coronavírus em setembro

Rússia espera produzir vacinas contra o coronavírus em setembro

País produz duas vacinas consideradas "promissoras"

AFP

Putin foi atualizado sobre a situação das vacinas russas

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A Rússia espera ter condições de começar a produção industrial de duas vacinas contra o coronavírus em setembro e em outubro, anunciou a vice-primeira-ministra russa, Tatiana Golikova. Criadas por cientistas russos, elas "são hoje muito promissoras", afirmou Golikova durante uma reunião por videoconferência com o presidente Vladimir Putin, dedicada à pandemia de Covid-19.

A primeira está sendo desenvolvida pelo ministério russo da Defesa e pelo Centro de Pesquisas em Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleia e já está sendo testada em humanos, informou Golikova. "O lançamento de sua produção industrial está previsto para setembro de 2020, após uma certificação e testes clínicos adicionais em 1.600 pessoas", disse.

A segunda vacina está sendo desenvolvida pelo Centro de Pesquisas Véktor, na Sibéria, e está na fase de testes clínicos, que devem terminar em setembro, com a certificação no mesmo mês, de acordo com Golikova. As primeiras doses podem ficar prontas em outubro de 2020.

A Rússia, quarto país do mundo em número de contaminações, registrou até o momento 828.990 casos de coronavírus, com 13.673 mortes.

Putin disse hoje que a pandemia se estabilizou no país, mas advertiu que a situação continua sendo difícil e pode se deteriorar. A Rússia baixou a intensidade das restrições pelo coronavírus em junho, antes de um amplo desfile militar em Moscou e de um referendo nacional sobre reformas constitucionais para ampliar a possibilidade de permanência de Putin no poder.

"O número de infecções por coronavírus diminuiu gradualmente na Rússia em junho e julho", afirmou Putin, em videoconferência com funcionários. O presidente pediu aos russos que respeitem as medidas para prevenir a expansão do vírus, de modo a evitar que se "volte a impor restrições, especialmente em larga escala".

A Rússia impôs rígidas medidas de confinamento em março para conter a pandemia, que se concentrou em Moscou e arredores, com quase metade dos casos. Funcionários de saúde anunciaram 5.475 novos casos nas últimas 24 horas.

 

 

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