Rússia pede saída de moradores e afirma que vai atacar infraestruturas de segurança de Kiev

Rússia pede saída de moradores e afirma que vai atacar infraestruturas de segurança de Kiev

Governo russo disse que ofensiva servirá para "deter ataques virtuais"

AFP

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O exército russo afirmou que atacará as infraestruturas dos serviços de segurança ucranianos em Kiev e pediu a retirada dos civis que vivem perto destas unidades. "Para deter os ataques virtuais contra a Rússia serão realizados ataques com armas de alta precisão contra as infraestruturas tecnológicas do SBU (serviço de segurança) e o centro principal da Unidade de Operações Psicológicas em Kiev. Pedimos aos habitantes de Kiev que moram perto dos centros de retransmissão que abandonem suas residências", afirmou o porta-voz do ministério russo da Defesa, Igor Konashenkov. Hoje, a Rússia intensificou ofensiva na Ucrânia com o envio de um enorme comboio militar em direção a Kiev, um grande bombardeio contra a segunda maior cidade do país, Kharkiv, e um cerco ao porto de Mariupol. 

Imagens de satélite da empresa americana Maxar conseguiram visualizar o tamanho do comboio russo se aproximando da capital ucraniana. Elas identificaram uma coluna de mais de 60 quilômetros de veículos e artilharia se movendo na direção de Kiev. O avanço do comboio já estava perto do aeroporto Antonov, a cerca de 25 quilômetros da metrópole, ainda sob o poder da Ucrânia. 

As tropas de Moscou bombardearam o centro de Kharkiv, uma cidade de 1,4 milhão de habitantes, próxima da fronteira com a Rússia. O governador regional Oleg Sinegubov informou que os projéteis atingiram a sede da administração e também acusou o exército russo de usar "armas pesadas contra a população civil". O serviço ucraniano de emergência afirmou que pelo menos 10 pessoas morreram nos bombardeios contra a cidade.

Imagens da AFP mostram o momento em que um míssil russo atinge o prédio do governo de Kharkiv. 

"Prematuro" avaliar negociações

A Rússia afirmou hoje que é prematuro "avaliar" as conversas com a Ucrânia para o fim do conflito. Representantes ucranianos e russos se reuniram nessa segunda-feira. "Temos que analisar e depois pensar nas perspectivas informadas" pelo negociador-chefe russo, Vladimir Medinski, afirmou o porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, após o encontro.

De acordo com o porta-voz, "há negociações diretas em andamento entre as delegações russa e ucraniana". Hoje, o ministro russo da Defesa, Sergey Shoigu, afirmou, por sua vez, que a Rússia continuará sua ofensiva no território vizinho "até que os objetivos estabelecidos sejam alcançados".


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