Raúl Castro diz que EUA apertaram cerco sobre Cuba, Venezuela e Nicarágua

Raúl Castro diz que EUA apertaram cerco sobre Cuba, Venezuela e Nicarágua

Em pronunciamento, líder cubano disse que o povo deve estar em alerta para enfrentar adversidades

AFP

Declarações foram feitas na 65° comemoração da revolução do país

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O líder cubano Raúl Castro relatou nesta quinta-feira que os Estados Unidos "apertaram o cerco" sobre Cuba, Venezuela e Nicarágua. O político enfatizou a necessidade de preparação dos países ao pedir que eles estejam preparados para responder a todos os desafios que surgirem. "Para nós, assim como para Venezuela e Nicarágua, está muito claro que se aperta o cerco, e o nosso povo deve estar em alerta para enfrentar cada adversidade com unidade, firmeza e otimismo", afirmou Castro. 




Segundo ele, o retorno de governos de direita ao poder na América Latina e uma política hostil de Washington em relação à esquerda regional "compuseram um cenário adverso e, outra vez, ressurge a euforia dos inimigos e também a pressa por tornar realidade o sonho de destruir o exemplo de Cuba". Vestido com seu uniforme de general do exército, Castro falou no ato central pelo 26 julho, 65º aniversário do assalto ao quartel Moncada, que comemora a revolução no país.

Raúl se referiu às relações com os Estados Unidos, restabelecidas em julho de 2015, como vínculos diplomáticos formais. Ele destacou que, desde agosto de 2017, com o atual governo Donald Trump, as ligações bilaterais se degradaram com a "desculpa" da chamada "guerra sônica", cuja origem ninguém conseguiu explicar nem provar.

Além disso, o líder completa que se intensificou o bloqueio americano contra Cuba, em particular, a perseguição das transações financeiras. Os pronunciamentos oficiais dos Estados Unidos sobre a ilha "se caracterizam pelo desrespeito, a agressividade, a ingerência e a grosseira manipulação da verdade histórica", disse Castro.

Ele advertiu os Estados Unidos, porém, de que o povo cubano correu todos os riscos e resistiu durante 60 anos e que por mais difíceis que sejam as circunstâncias, ele defenderá para sempre sua Revolução Socialista. O líder expressou a invariável solidariedade do povo, partido e governo cubano para com a Venezuela e Nicarágua.

Para finalizar seu pronunciamento, Castro declarou que Cuba reivindica a liberdade do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, assim como seu direito a ser candidato à reeleição este ano, e felicitou o presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador.

Raúl Castro cedeu em abril a presidência para Miguel Díaz-Canel - também presente no ato -, mas conserva o cargo de primeiro-secretário do governista e único Partido Comunista (PCC).

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