Reino Unido busca saída para bloqueio de fronteiras pelo coronavírus

Reino Unido busca saída para bloqueio de fronteiras pelo coronavírus

Governo britânico considera a possibilidade de fazer testes de Covid-19 nos caminhoneiros

AFP

Reino Unido negocia com a França para permitir a entrada e saída de caminhões

publicidade

O governo britânico, que mantém conversações com as autoridades francesas para permitir a retomada do tráfego de mercadorias interrompido após a descoberta de uma mutação do coronavírus, afirmou nesta terça-feira que considera a possibilidade de fazer testes de Covid-19 nos caminhoneiros.

"Estamos em conversações com nossos colegas franceses e encontraremos uma solução", afirmou a ministra do Interior, Priti Patel, ao canal Sky News. "Faz parte da discussão organizar testes de diagnóstico nos portos britânicos antes da saída", completou.

A França suspendeu a partir de domingo à noite e durante 48 horas todas as chegadas procedentes do Reino Unido após a descoberta no país de uma variante mais contagiosa da covid-19, que provocou um repentino terceiro confinamento de Londres e partes do sudeste da Inglaterra.

De acordo com Patel, 650 caminhões estão atualmente bloqueados na rodovia que vai de Londres a Dover, o principal porto britânico no Canal da Mancha, fechado ao tráfego de saída desde domingo à noite. Outros 800 caminhões permanecem estacionados em um antigo aeroporto próximo.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, afirmou na segunda-feira que conversou com presidente francês, Emmanuel Macron, e que os dois buscavam "resolver a situação nas próximas horas".

Johnson, criticado por sua gestão de uma pandemia que provocou quase 68 mil mortes no Reino Unido, argumentou que o risco de transmissão pelos caminhoneiros sozinhos dentro de suas cabines é "realmente muito baixo".

De acordo com uma estimativa comunicada pelo Reino Unido à Organização Mundial da Saúde (OMS), a transmissão da nova variante é entre 40% e 70% superior às anteriores.

Os cientistas britânicos que assessoram o governo apontaram uma transmissão maior entre crianças na comparação com outras cepas e estão trabalhando nesta hipótese para explicar sua forte propagação.

 

Ouça:

 


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895