Reino Unido diz que Rússia pode usar minas marítimas para atacar navios no Mar Negro

Reino Unido diz que Rússia pode usar minas marítimas para atacar navios no Mar Negro

Objetivo seria conter as exportações de grãos ucranianos que atravessam o "corredor humanitário"

AE

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A inteligência do Reino Unido revelou que a Rússia pode usar minas marítimas para atacar o transporte civil no Mar Negro. O objetivo seria conter as exportações de grãos ucranianos que atravessam o "corredor humanitário" implementado pela Ucrânia em agosto, indicam em nota.

O texto destaca também que os russos colocariam a culpa por eventuais ataques no rival. "A Rússia certamente quer evitar afundar abertamente navios civis, em vez disso, vai falsamente culpar a Ucrânia por quaisquer ataques a navios civis no Mar Negro", disseram.

Ainda em nota, o órgão britânico destacou que o nível de segurança marítima do Reino Unido para os portos e águas ucranianos permanece em alerta altíssimo em virtude da ameaça representada pela Rússia. O Reino Unido chegou a reportar que o exército russo havia tentado um ataque com mísseis contra um navio de carga no Mar Negro, sem especificar a data do ocorrido.

Para o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, James Cleverly, o presidente russo Vladimir Putin demonstra "completo desrespeito" pela vida civil e pelas necessidades dos mais vulneráveis do mundo, uma vez que os grãos ucranianos muitas vezes vão para países que enfrentam a fome. "O mundo está observando e nós enxergamos por meio das tentativas cínicas da Rússia de culpar a Ucrânia por seus ataques. Nós e nossos aliados estamos unidos contra Putin e suas tentativas de prejudicar a Ucrânia e, assim, prejudicar o restante do mundo", declarou.

Os planos da Rússia fazem parte de um padrão russo de agressão no Mar Negro, segundo os britânicos. Desde julho, quando o país deixou o acordo de grãos, os portos ucranianos e a infraestrutura civil têm sido alvos de constantes ataques.

Com o fim do pacto do Mar Negro, os russos já danificaram 130 instalações de infraestrutura portuária em Odessa, Chornomorsk e Reni e destruíram quase 300 mil toneladas de grãos. Antes da invasão russa, a Ucrânia alimentava 400 milhões de pessoas globalmente e respondia por 8% a 10% das exportações mundiais de trigo e 10% a 12% das exportações de milho e cevada.


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