Repressor da ditadura argentina recebe progressão para prisão domiciliar
Miguel Etchecoltaz foi encarregado de 26 prisões clandestinas em Buenos Aires
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Etchecolatz foi diretor de Investigações da temível polícia da província de Buenos Aires entre março de 1976 e o final de 1977, e esteve encarregado das 21 prisões clandestinas que funcionavam neste distrito, o maior do país. Ao menos 30 mil pessoas desapareceram durante a ditadura, segundo organismos humanitários.
Etchecoltaz foi condenado - em 1986, 2004 e 2016 - a cinco penas de prisão pela justiça de La Plata, que unificou as sentenças para reclusão perpétua. Na Argentina, os detentos com mais de 70 anos têm direito a progressão para prisão domiciliar, mas o benefício fica a critério do juiz, que analisa caso a caso. Os organismos humanitários têm lutado para que os condenados e processados por crimes contra a humanidade cumpram "prisão comum e efetiva".
Etchecoltaz será levado da penitenciária de Marcos Paz (50 km a oeste de Buenos Aires) para cumprir pena em sua residência em Mar del Plata (400 km ao sul).