Síria acusa Israel por bombardeio contra base militar que deixou 14 mortos
Vários mísseis atingiram complexo sírio que fica no Centro do país
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Os presidentes dos Estados Unidos e da França, Donald Trump e Emmanuel Macron, anunciaram no domingo uma "resposta forte e comum" após um suposto "ataque químico" que deixou dezenas de mortos em uma zona rebelde próxima de Damasco. Washington e Paris negaram qualquer participação no ataque, enquanto o exército de Israel se recusou a fazer qualquer comentário. Ao mesmo tempo, a Rússia acusou Israel pelo ataque contra a base militar T-4, entre as cidades de Homs e Palmira. "Dois aviões F-15 do exército israelense atacaram o a base aérea entre 3h25min e 3h53min horário de Moscou (21h25min e 21h53min de Brasília, domingo) com a ajuda de oito mísseis teleguiados a partir do território libanês, sem penetrar no espaço aéreo sírio", afirmou o ministério russo da Defesa.
De acordo com Moscou, cinco dos oito mísseis teleguiados foram destruídos pela defesa antiaérea sírio e três atingiram a base". "Nenhum assessor russo presente na Síria ficou ferido no ataque", afirma o comunicado. A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma ampla rede de fontes para monitorar o conflito, informou que 14 militares morreram, incluindo pelo menos três sírios e iranianos.
O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, afirmou que as forças do regime, apoiadas por Rússia e Irã, assim como por combatentes da milícia libanesa Hezbollah, têm presença na base. Israel advertiu em várias oportunidades que não aceitará que o Irã, seu grande inimigo, estabeleça trincheiras militares na Síria e bombardeou alvos iranianos neste país.
Em fevereiro, Israel acusou as forças iranianas presentes na base T-4 pelo envio de um drone ao território israelense. Depois de bombardear unidades iranianas na Síria, um F-16 de Israel foi derrubado pela Síria em um dos momentos mais violentos do conflito. Em seguida, Israel executou o que chamou de ações de "grande escala" contra os sistemas de defesa aérea sírios e alvos iranianos, que segundo os comunicados incluíam a base T-4.