Sem citar a Venezuela, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que seu governo não cessará as ações até que a ameaça dos cartéis de drogas seja "total e completamente erradicada", de acordo com informações da CNN Brasil.
Trump afirmou que, sob sua gestão, os cartéis estão sendo tratados como a principal ameaça à segurança nacional que realmente são, diferentemente de governos anteriores que, segundo ele, tentaram apenas "mitigar" o problema.
"Os cartéis estão travando uma guerra contra os Estados Unidos e, como prometi na campanha, estamos travando uma guerra contra eles como nunca antes", disse, acrescentando: "Não estamos mitigando, estamos eliminando".
Em um momento posterior do discurso, o presidente comparou os grupos criminosos ao "Estado Islâmico do hemisfério ocidental", citando a "violência monstruosa" deles, como "cortar cabeças, queimar inimigos vivos e queimar pessoas inocentes vivas".
Aumento de tensão com Venezuela
No mesmo dia, o secretário de Defesa americano já havia se referido aos cartéis como a "Al-Qaeda do nosso hemisfério" e prometeu eliminar seus membros. Essas declarações ocorrem em um cenário de aumento da tensão entre os EUA e a Venezuela, após o envio de navios de guerra americanos para o Caribe.
Os Estados Unidos justificam a movimentação como parte de uma campanha de combate ao narcotráfico, mas a Venezuela suspeita que o objetivo seja, na verdade, uma mudança de regime.
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Nas últimas semanas, os EUA realizaram vários ataques letais contra embarcações na costa caribenha, que, de acordo com eles, estavam traficando narcóticos.Em resposta, na quarta-feira (22), o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, informou que seu país mobilizou $5$ mil mísseis antiaéreos Igla-S de fabricação russa em "posições-chave de defesa aérea".