Semana de protestos deixa cinco mortos no Equador

Semana de protestos deixa cinco mortos no Equador

Manifestantes criticam ajustes econômicos do governo

AFP

Reformas atingem povos indígenas que representam 25% da população

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Cinco civis, incluindo um líder indígena, morreram em protestos que começaram em 2 de outubro no Equador contra os ajustes econômicos do governo, informou a Defensoria do Povo nesta quinta-feira. "A primeira vítima é um homem que morreu após ser atingido no domingo na província de Azuay (sul). As outras quatro pessoas morreram em Quito", acrescentou uma fonte da agência de proteção aos direitos humanos.

Somente na semana passada, o presidente equatoriano, Lenín Moreno, anunciou o lado mais difícil do ajuste, que também prevê reformas tributária e trabalhista, afetando os funcionários públicos. Os povos indígenas representam 25% da população equatoriana de 17,3 milhões.

Milhares de indígenas ocuparam nesta quarta-feira a cidade de Quito contra reformas acordadas com o FMI. Manifestantes marcharam em direção ao centro da cidade, onde fica a sede presidencial desocupada, enquanto mais tarde grupos menos numerosos de estudantes e trabalhadores enfrentaram com pedras a polícia, que respondeu com gás lacrimogêneo.

Além das cinco mortes, os sete dias de protestos já somam cerca de 766 pessoas detidas e 122 feridos durante confrontos deflagrados nas manifestações, de acordo com as informações do boletim das autodidades e apuração da Cruz Vermelho. Na última terça-feira , um grupo de povos indígenas conseguiu ocupar o Legislativo antes de serem despejados pela polícia.


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