Senado argentino autoriza revista a residências de Cristina Kirchner
Investigações apuram pagamento de propinas milionárias em troca de contratos de obras públicas
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A aprovação era necessária, tendo em vista que Cristina Kirchner foi eleita senadora no ano passado e tem foro privilegiado. Na semana passada, a ex-presidente negou à Justiça argentina ter sido a responsável por uma associação ilícita integrada por funcionários e grandes empresários para o pagamento de propinas. Em um depoimento por escrito, ela disse que diversos casos foram inventados.
Até semana passada, Cristina Kirchner não havia falado publicamente sobre as novas acusações e, diante de uma sessão comandada por Bonadio em um tribunal em Buenos Aires, a ex-presidente se recusou a responder perguntas sobre o assunto. Até o momento, existem 38 indiciados no esquema, 15 pesos e dez delatores, entre empresários e ex-funcionários do governo de Cristina e de Néstor Kirchner.
Também na semana passada, a ministra de Segurança Pública do país, Patricia Bullrich, afirmou uma resolução que ordena uma recompensa a quem entregar dados que ajudem a recuperar dinheiro ou bens ilícitos relacionados ao caso. A recompensa é de 5% do valor recuperado até 2 milhões de pesos argentinos e o anonimato do colaborador é garantido.