Senado votará sem alterações projeto para legalizar aborto na Argentina

Senado votará sem alterações projeto para legalizar aborto na Argentina

Em votação apertada, projeto foi aprovado pela Câmara dos Deputados no mês passado

AFP

Aborto volta à pauta do congresso argentino

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Uma iniciativa para encurtar os períodos para poder abortar na tentativa de conquistar mais adesões à legalização do aborto na Argentina fracassou nesta quarta-feira, no Senado, que deverá votar em 8 de agosto o projeto original aprovado na Câmara dos Deputados.

A proposta para modificar o projeto não conseguiu nas comissões do Senado a maioria necessária para ser submetida à votação, informou o secretário parlamentar, Juan Pedro Tunessi. “Com 26 assinaturas não há viabilidade de decisão (com um novo projeto). O debate será no plenário no dia 8 de agosto”, declarou o senador Mario Fiad, que presidiu a sessão desta quarta-feira.

Como já é usual, grupos de ativistas a favor e contra o aborto se manifestaram no lado de fora do Congresso. No mês passado, o Senado debateu uma proposta de lei que autoriza a interrupção voluntária da gravidez até a 14ª semana e garante sua gratuidade. Se o Senado rejeitar o projeto, ele não poderá ser apresentado de novo até o ano que vem.

Embora a Câmara dos Deputados tenha aprovado em 14 de junho, com 129 votos a favor, 125 contra e uma abstenção, estima-se que no Senado a maioria votará contra. Por isso, grupos a favor da legalização propuseram diminuir o período de 14 para 12 semanas de gestação ou mesmo de introduzir a objeção de consciência institucional, que poderia permitir não somente médicos e enfermeiros como toda uma clínica a se negar a realizar abortos.

Aborto é permitido apenas em dois países da América Latina


Na América Latina, o aborto é legal apenas no Uruguai e em Cuba. Também é permitido na Cidade do México. Na maioria dos países da região, como no Brasil e na Argentina, o aborto só pode ser feito em caso de risco à vida da mulher, quando há inviabilidade do feto ou se a gravidez for resultante de estupro. Em El Salvador, Honduras e Nicarágua é completamente proibido.

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