Suécia registra mais de 100 mortos por coronavírus em 24h

Suécia registra mais de 100 mortos por coronavírus em 24h

País optou por adotar medidas mais flexíveis para conter a progressão do vírus e registra 7.693 casos de infecção e 591 mortos

AFP

Suécia registra 7.693 casos de infecção e 591 mortos, uma mortalidade bem mais alta do que a observada nos vizinhos nórdicos

publicidade

Mais de 100 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus morreram na Suécia nas últimas 24 horas - informa a Agência de Saúde sueca em balanço divulgado nesta terça-feira às 14h locais (9h no horário de Brasília). Desde o início da Covid-19, este país de 10,3 milhões de habitantes optou por adotar medidas mais flexíveis para conter a progressão do vírus.

Agora, registra 7.693 casos de infecção e 591 mortos, uma mortalidade bem mais alta do que a observada nos vizinhos nórdicos. De acordo com a mesma agência, uma parte das 114 novas mortes contabilizadas nesta terça provém de números revistos nos últimos dias.

Na semana passada, Anders Tegnell, epidemiologista da Agência de Saúde pública, declarou que, embora a Suécia tenha registrado uma curva de contágios relativamente plana até então, ela começa a se acentuar. Essa mudança de quadro acontece em um momento em que os serviços de saúde enfrentam a falta de equipamentos e de pessoal.

Nesta terça, um epidemiologista ouvido pela AFP disse ter sido constatada uma leve diminuição do número de novos casos diários nos últimos dias, mas ressalta que ainda é cedo para dizer se a propagação do vírus alcançou um ponto máximo no país.

No reino escandinavo, a população não está confinada como em outros países europeus para conter a epidemia. O governo pediu à população que "assuma responsabilidades" individuais e que siga as recomendações das autoridades sanitárias.

Entre as medidas mais rígidas adotadas até agora, estão a proibição de concentrações de mais de 50 pessoas e as visitas a lares para idosos. A maneira como a Suécia está administrando esta crise sanitária vem gerando críticas no plano interno e em nível internacional. O governo rejeita, porém, as acusações de passividade.

"Não, não estamos fazendo como se nada estivesse acontecendo na Suécia", defendeu-se a ministra da Saúde, Lena Hallengren, em uma entrevista coletiva com correspondentes estrangeiros na última quinta-feira, em Estocolmo.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895