Suspeito admite ter matado e decapitado empresário francês
Yassin Salhi pretendia provocar explosão em fábrica de Lyon
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"Ele também forneceu elementos sobre as circunstâncias" do crime, afirmou a fonte, sem dar mais detalhes. O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, enfatizou neste domingo que o país "sob uma grande ameaça terrorista" e que o combate ao jihadismo "será grande".
Casado e pai de três crianças, ele invadiu a empresa com a intenção de provocar uma explosão. Sua esposa e sua irmã também foram detidas. A polícia realizou varreduras em sua casa, assim como na empresa de transportes na qual ele trabalhava. Salhi - nascido na França de pai de origem argelina e mãe de origem marroquina - foi investigado em 2006 e vigiado pelos serviços de inteligência franceses por seu vínculo com o movimento salafista, um braço do sunismo radical, mas o ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse que não tinha antecedentes criminais.
Um dos funcionários da fábrica o descreveu em declarações à rádio RTL como "um lobo em pele de cordeiro", e acrescentou que o suspeito havia falado com ele do grupo EI, embora não para tentar recrutá-lo, "mas simplesmente para perguntar sua opinião". No entanto, muitas perguntas estão sem respostas sobre o motivo do suspeito, as circunstâncias do assassinato da vítima e as eventuais cumplicidades, segundo a procuradoria francesa.
A ação contra a fábrica francesa ocorreu quase seis meses após três jihadistas atacarem a sede da revista satírica Charlie Hebdo, um supermercado kasher e policiais, deixando 17 mortos em Paris em janeiro.