Terremoto na Turquia e na Síria mata mais de 2,3 mil pessoas

Terremoto na Turquia e na Síria mata mais de 2,3 mil pessoas

Tremor de 7,8 graus na escala Richter deixou mais de 7,6 mil feridos em território turco

Correio do Povo e AFP

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O número de fatalidades por conta do terremoto que atingiu Turquia e Síria nesse domingo não para de aumentar. De acordo com a Agência turca de Desastre e Emergências, o tremor de ontem causou 1.498 mortes, enquanto no país vizinho o sismo matou ao menos 820 pessoas, totalizando mais de 2,3 mil mortos. As informações foram publicadas pela rede de notícias norte-americana CNN nesta segunda-feira. 

O governo turco afirmou, em seu último balanço, que mais de 7,6 mil pessoas estão feridas. O terremoto, de 7,8 graus na escala Richter, destruiu mais de 2,8 mil prédios no país.  

O epicentro do terremoto foi na Turquia a 17,9 quilômetros de profundidade na cidade de Gaziantep, Sudeste do país, próximo da fronteira com a Síria. Horas depois do primeiro tremor, o território turco sentiu um novo sismo, já nesta segunda. Desta vez, o fenômeno foi de 7,5 graus na escala Richter. 

O terremoto também deixou centenas de desaparecidos, que estão presos nos escombros dos prédios e das construções que foram destruídas. A expectativa é de que o número de mortos suba ao longo do dia.

Os abalos foram sentidos também na capital turca, Ancara, e em outras cidades. Os aparelhos registraram um sismo inicial e, logo em seguida, mais dois terremotos aconteceram na mesma região.

Busca por sobreviventes 

Segundo o vice-presidente turco, pelo menos três dos aeroportos da zona afetada, Hatay, Maras e Gaziantep, foram fechados para o tráfego. A neve e as tempestades que atingiram a região impediram a circulação em outros aeroportos, incluindo o de Diyarbakir, segundo a AFP. Algumas imagens na televisão turca e nas redes sociais mostram pessoas assustadas, de pijama, vagando pela neve, enquanto observam equipes de resgate que vasculham os escombros de suas casas.

A emissora NTV informou que havia prédios desabados nas cidades de Adiyaman e Malatya. Enquanto isso, a televisão estatal síria relatou o desabamento de um prédio perto de Latakia, na costa oeste do país. A mídia pró-governo afirmou que vários prédios desabaram parcialmente em Hama, no centro da Síria, onde bombeiros e equipes de resgate tentavam resgatar um sobrevivente dos destroços.

Raed Ahmed, chefe do Centro Nacional de Monitoramento Sísmico da Síria, disse à rádio oficial que este foi, "historicamente, o maior terremoto já registrado". Os Capacetes Brancos afirmaram que a situação é "catastrófica" e pediram às organizações humanitárias internacionais que "intervenham rapidamente" para ajudar a população local.

Foto: Sophie Ramis, Maria-Cecilia Rezende, Valentin Rakovsky / AFP

Ajuda internacional

Na Turquia, o ministro do Interior, Suleyman Soylu, declarou que "todas as nossas equipes estão em alerta" e pediu ajuda internacional. O Azerbaijão, país aliado da Turquia, anunciou o envio imediato de 370 socorristas, segundo a agência oficial de notícias turca.

Estados Unidos, União Europeia e Israel também informaram o envio de equipes de emergência. A Turquia está localizada em uma das zonas sísmicas mais ativas do mundo.

Especialistas avisam há muito tempo que um grande terremoto poderia devastar Istambul, que permitiu construções generalizadas sem precauções. Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu Elazig em janeiro de 2020 e matou mais de 40 pessoas. Em outubro desse mesmo ano, outro de magnitude 7 sacudiu o mar Egeu e causou 114 mortos e mais de mil feridos.

 

 

 

 

 

 

 


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