Tiroteio contra debate sobre islamismo deixa um morto na Dinamarca

Tiroteio contra debate sobre islamismo deixa um morto na Dinamarca

Autor de charges do profeta Maomé estava no local e saiu ileso

AFP

Cartunista Lars Vilks saiu ileso do ataque

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Um homem ainda não identificado morreu no ataque neste sábado em Copenhague, na Dinamarca, contra um prédio onde era realizado um debate público sobre o islamismo e a liberdade de expressão. Três policiais ficaram feridos na tentativa de proteger o lugar. A polícia informou que os dois atiradores conseguiram fugir em um veículo, e divulgaram a placa do automóvel. No debate se encontrava o embaixador da França François Zimeray, que saiu ileso no ataque. Ele acompanha o autor das charges do profeta Maomé, o cartunista Lars Vilks.

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, condenou com o maior rigor o que chamou de ataque terrorista. "Um ataque terrorista teve como alvo uma reunião pública em Copenhague, onde participava o embaixador da França na Dinamarca. Condeno com a maior firmeza este atentado. A França está ao lado das autoridades e do povo dinamarquês na luta contrao terrorismo", declarou o ministro em um comunicado.

O embaixador francês informou em seu Twitter que saiu ileso. "Dispararam do lado de fora. Tinham o mesmo objetivo que o ataque à Charlie Hebdo, mas não conseguiram entrar", informou ainda, contatado enquanto estava no interior do prédio. Ele se referia ao ataque jihadistas de janeiro contra a revista satírica Charlie Hebdo, que deixou 12 mortos. "Intuitivamente diria que foram ao meos 50 disparos, e os policiais dizem que foram 200. As balas passaram através das portas e todos se jogaram ao chão", afirmou ainda.

"Conseguimos fugir do salão,e agora continuamos no interior porque a situação é crítica. Os agressores não foram presos, podem continuar na área"", afirmou Zimeray. "Havia várias dezenas de pessoas no lugar", escreveu no Twitter uma militante do Femen que assistia ao debate, Inna Shevchenko. Contactados pela AFP, a polícia de Copenhague e os serviços de inteligência (PET) não quiseram fazer comentários. Lars Vilks, artista sueco, é conhecido por ter publicado em 2007 caricaturas onde ridiculizava Maomé. Ele vive sob proteção policial desde então.

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