Tiroteio deixa um morto e três feridos durante plebiscito na Venezuela

Tiroteio deixa um morto e três feridos durante plebiscito na Venezuela

Oposição responsabilizou "grupos paramilitares" que, segundo ela, seriam ligados ao governo Maduro

AFP

Oposição responsabilizou "grupos paramilitares" que, segundo ela, seriam ligados ao governo Maduro

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Uma mulher morreu, e outras três pessoas ficaram feridas, neste domingo, quando homens de moto atiraram em opositores que votavam no oeste de Caracas em um plebiscito simbólico contra a Assembleia Constituinte
convocada pelo presidente Nicolás Maduro - informou o Ministério Público. "Está-se investigando a morte de Xiomara Escot e três feridos, fato ocorrido durante situação irregular" no populoso bairro de Catia, anunciou um boletim do MP.

Vídeos divulgados pela imprensa mostram uma multidão fugindo, entre gritos de pânico e detonações, para tentar se abrigar em uma igreja próxima ao posto de votação atacado. Dirigentes da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) condenaram o episódio e responsabilizaram "grupos paramilitares". Segundo eles, esses grupos seriam ligados ao governo Maduro.

"Não tinha acontecido nada sério, nada grave, nenhuma tragédia a lamentar, mas Maduro e seu regime viram uma participação em massa no plebiscito e se apavoraram", declarou em entrevista coletiva a ex-deputada da oposição María Corina Machado, ao responsabilizar o presidente.

"Esses grupos paramilitares agiram à vontade, sem que os corpos de segurança civis e militares agissem", denunciou.
O prefeito de Sucre, Carlos Ocariz, pediu ao MP "no curto prazo, já, uma investigação para determinar responsáveis e, claro, punir esses responsáveis".

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) também denunciou que o jornalista Luis Olavarrieta foi retido por desconhecidos, agredido e roubado durante os incidentes. Ele teria sido levado para um centro de saúde.

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