Trump diz que Irã cometeu grande erro ao derrubar drone dos EUA

Trump diz que Irã cometeu grande erro ao derrubar drone dos EUA

Teerã alega que aparelho invadiu seu espaço aéreo

AFP

Trump usou o Twitter para falar sobre a crise com o Irã

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O presidente americano, Donald Trump, tuitou que o Irã "cometeu um erro muito grande" ao derrubar um drone de vigilância militar dos EUA. A declaração ocorreu  pouco depois da confirmação da notícia pelo Pentágono. O aparelho, um modelo Global Hawk da fabricante americana Northrop Grumman, foi derrubado às 4h05min locais no sul do Irã, segundo um comunicado dos Guardiões da Revolução, exército ideológico iraniano. O drone foi atingido por um míssil da força aeroespacial dos Guardiões sobre o Mar de Omã, "após violar o espaço aéreo iraniano", assinala o texto.

Washington confirmou a derrubada do drone, mas negou que tenha violado o espaço aéreo iraniano. "Trata-se de um ataque injustificado a um aparelho de vigilância americano no espaço aéreo internacional", denunciou Bill Urban, porta-voz da Marinha americana no Pentágono. Após a declaração de Trump, preço do petróleo disparou. Já em alta, o barril de WTI acentuou em Nova York seu aumento em 6,3%, a 57,13 dólares, às 15h05 GMT, enquanto em Londres o Brent subia 4,66%, a 64,69 dólares.

Tensão

O incidente acontece em um contexto de aprofundamento da tensão entre Irã e Estados Unidos. As forças armadas americanas intensificaram ontem suas acusações contra o Irã, que responsabilizam pelo ataque a dois navios petroleiros registrado na semana passada no Mar de Omã. O Irã negou envolvimento no ataque e insinuou que o mesmo poderia se tratar de uma armação dos Estados Unidos para justificar o uso da força contra o seu país.

A escalada recente da tensão no Golfo faz temer um conflito naquela região. A situação se agravou quando Trump decidiu, em maio de 2018, retirar os Estados Unidos do acordo nuclear assinado com o Irã em 2015 e restabelecer duras sanções contra Teerã, privando-a dos benefícios econômicos esperados deste pacto internacional. A tensão aumentou ainda mais com os ataques de origem desconhecida contra dois navios petroleiros no Mar de Omã, semelhantes aos atos de sabotagem que destruíram, um mês antes, outras quatro embarcações na entrada do Golfo, pelos quais Washington também responsabilizou o Irã.


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