O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou nesta terça-feira ameaçar México e Canadá com tarifas como meio de pressão para renegociar o T-MEC, o acordo de livre-comércio entre os três países. 'Não', respondeu o republicano quando um jornalista lhe perguntou na Casa Branca se estava usando as tarifas.
O magnata ameaça impor a México e Canadá tarifas de 25% a partir de 1º de fevereiro por estimar que esses países permitem a entrada de migrantes em situação irregular e drogas. Ambos os países 'permitiram que milhões e milhões de pessoas entrem em um país onde não deveriam estar. Poderiam tê-los detido e não o fizeram', declarou nesta terça.
'O fentanil chega maciçamente através do Canadá, o fentanil chega maciçamente através do México. E está matando as pessoas, e está destruindo as famílias', queixou-se. Trump afirma que falou recentemente sobre o fentanil com o presidente chinês Xi Jinping. 'Eu disse: não queremos esse lixo em nosso país. Vamos impedi-lo'.
Também voltou a falar por alto sua ordem de mudar o nome do Golfo do México para Golfo da América. 'Soa tão bonito', comentou. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, pediu 'cabeça fria' diante das medidas adotadas na segunda por Trump, depois que ele tomou posse do cargo.
O bilionário decretou uma emergência nacional na fronteira com o México para fazer frente ao que considera uma 'invasão' de migrantes e decidiu seguir construindo o muro fronteiriço. Além disso, reativou o 'Fique no México', um programa que obriga os migrantes a esperarem o desfecho do processo migratório do outro lado da fronteira, e anulou a possibilidade de que obtenham legalmente uma audiência através de um aplicativo de telefone celular (CBP One) para chegarem a um porto de entrada.