Trump se apresenta à Justiça dos EUA

Trump se apresenta à Justiça dos EUA

Ex-chefe de Estado norte-americano responde por suposta compra de silêncio

AFP e Correio do Povo

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O ex-presidente Donald Trump se apresentou nesta terça-feira à Corte de Manhattan, em Nova Iorque. O republicano de 76 anos tentará explicar o suposto pagamento para comprar o silêncio da atriz Stormy Daniels. Este é o primeiro indiciamento criminal contra o ex-chefe de Estado norte-americano. 

Na frente da Corte, há uma série de apoiadores e opositores de Trump. Alvo de duas tentativas de impeachment do Congresso americano quando era presidente (2017-2021), ele foi convocado para comparecer ao Tribunal Superior de Manhattan às 14h15min (15h15min de Brasília), onde, como qualquer cidadão indiciado, será fotografado e deixará as impressões digitais registradas.

Mobilização na frente da Corte | Foto: Angela Weiss / AFP / CP

Trump comparece a uma audiência com o juiz Juan Merchan, que supervisionou o julgamento de fraude fiscal da Trump Organization no ano passado. Este magistrado "ME ODEIA", escreveu Donald Trump na sexta-feira. O juiz lerá a acusação para ele e deve perguntar se vai se declarar culpado ou inocente. Se questionado, Donald Trump se declarará "inocente", afirmou seu advogado.

A audiência também pode ser usada para definir as condições para sua libertação e marcar a próxima data no tribunal. O ex-presidente planeja voltar imediatamente para a Flórida, onde mora. Às 20h15min, ele planeja fazer um discurso em seu clube de luxo em Mar-a-Lago.

A investigação 

A Justiça de Nova Iorque abriu uma investigação em 2018 sobre o pagamento de 130 mil dólares (R$ 420 mil em valores da época) à atriz pornô Stormy Daniels, pouco antes das eleições presidenciais de 2016 para esconder uma suposta relação extraconjugal de Donald Trump. A quantia não foi incluída nas contas de campanha do candidato republicano, o que violaria as leis eleitorais estaduais, mas foi registrada como "honorários advocatícios" nas despesas de sua empresa, com sede em Nova Iorque.

Em janeiro, o promotor do distrito de Manhattan, o democrata Alvin Bragg, nomeou um grande júri, um painel de cidadãos selecionados aleatoriamente com poderes de investigação, para determinar se havia provas suficientes para acusar Donald Trump. Depois de três meses de investigações e depoimentos de testemunhas, o grande júri decidiu indiciá-lo, mas não tornou públicas as acusações.


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