Turquia investiga suspeitos de ajudar na fuga de Carlos Ghosn

Turquia investiga suspeitos de ajudar na fuga de Carlos Ghosn

Sete pessoas foram presas no país

AFP

Suspeita é de que Ghosn tenha embarcado em um jato particular no aeroporto de Kansai

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As autoridades turcas prenderam sete pessoas suspeitas de ajudar o ex-CEO da aliança Renault-Nissan Carlos Ghosn a chegar ao Líbano a partir de Istambul, após sua fuga do Japão, onde seria julgado. De acordo com a agência de notícias DHA, a polícia prendeu quatro pilotos, dois funcionários que trabalham em solo e o chefe de uma companhia aérea de voos fretados sob suspeita de auxiliar Ghosn a viajar para o Líbano.

O Ministério do Interior iniciou uma investigação para determinar as condições, nas quais Ghosn conseguiu transitar pela capital econômica da Turquia, noticiou o canal NTV. Por volta das 5h15min da manhã de segunda-feira (23h15min de domingo no horário de Brasília), um jato particular, com matrícula TC-TSR procedente de Osaka, no Japão, pousou no aeroporto de Atatürk.

Fechada para voos comerciais, essa infraestrutura é usada por aeronaves de carga e por voos particulares. Depois de aterrissar, a aeronave foi levada para um galpão. Por volta das 6h (00h em Brasília), neste mesmo dia, outro jato particular, um Bombardier Challenger 300 matrícula TC-RZA, decolou do mesmo aeroporto com destino a Beirute.

Segundo a DHA, os investigadores apreenderam o registro das conversas entre o piloto da segunda aeronave e a torre de controle. "Destino Beirute", disse o piloto na gravação, segundo a agência de notícias turca. Após passar 130 dias na prisão, a fuga de Ghosn do Japão representou uma mudança espetacular no caso que envolve um dos principais executivos da indústria automobilística.

O executivo é acusado de fraude financeira e estava sob detenção domiciliar. A suspeita é de que Ghosn tenha embarcado em um jato particular no aeroporto de Kansai. Um avião deste tipo decolou em 29 de dezembro às 23h (horário do Japão) com destino a Istambul, segundo a imprensa japonesa. O jornal turco "Hürriyet" informou que Ghosn pousou no aeroporto Atatürk e partiu deste terminal para o Líbano, pouco tempo depois, em outro jato.


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