Turquia não vai esperar "permissão" dos EUA para nova ofensiva na Síria

Turquia não vai esperar "permissão" dos EUA para nova ofensiva na Síria

Líder turco garantiu na segunda-feira que o objetivo era criar uma "zona de segurança" de 30 quilômetros na fronteira

AFP

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A Turquia não vai esperar por "permissão" dos Estados Unidos para lançar uma nova ofensiva na Síria, declarou o presidente turco Recep Tayyip Erdogan, informou a mídia turca neste domingo.

"Não podemos lutar contra o terrorismo esperando a permissão de ninguém", disse o chefe de Estado a um grupo de jornalistas, retornando de uma visita ao Azerbaijão. "O que faremos se os Estados Unidos não fizerem sua parte na luta contra o terrorismo? Faremos por conta própria", acrescentou.

Os Estados Unidos estavam "muito preocupados" na terça-feira com o anúncio de Erdogan de uma nova ofensiva no norte da Síria, disse o porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Ned Price.

O líder turco garantiu na segunda-feira que o objetivo era criar uma "zona de segurança" de 30 quilômetros na fronteira. Desde 2016, a Turquia realizou três ofensivas no norte da Síria contra as Unidades de Proteção do Povo (YPG), milícia curda que considera terrorista, mas que contou com o apoio dos Estados Unidos para enfrentar o grupo Estado Islâmico.

Questionado sobre o processo de adesão da Suécia e da Finlândia à OTAN, ao qual Ancara se opôs até agora, o presidente turco disse que as conversações realizadas na quarta-feira em Ancara entre as delegações sueca, finlandesa e turca não estiveram "à altura".

A Turquia acusa ambos os países nórdicos, e particularmente a Suécia, que tem uma grande comunidade turca de exilados, de abrigar militantes curdos do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão, considerado uma organização terrorista por Ancara e seus aliados ocidentais.


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