UE expressa preocupação com mobilização militar russa na fronteira com a Ucrânia

UE expressa preocupação com mobilização militar russa na fronteira com a Ucrânia

Estados Unidos pediram esta semana que a Rússia esclareça suas intenções

AFP

publicidade

O deslocamento militar iniciado pela Rússia nas proximidades de sua fronteira com a Ucrânia é "preocupante", disse um porta-voz da União Europeia nesta sexta-feira (12), depois que os Estados Unidos alertaram sobre movimentos de tropas na região. "Estamos monitorando a situação e as informações que coletamos até agora são bastante preocupantes", declarou Peter Stano, porta-voz do chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

A UE, segundo o porta-voz, está "aberta a considerar outras medidas, se necessário". Em Moscou, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, insistiu que a Rússia "não representa ameaça a ninguém" e acusou os países da Otan de aumentarem "ações provocativas". "Cuidamos de nossos próprios assuntos e tomamos medidas para garantir nossa segurança, se necessário, se houver ações provocativas de nossos adversários perto de nossas fronteiras", afirmou Peskov.

Os Estados Unidos pediram esta semana que a Rússia esclareça suas intenções em meio a "atividades militares incomuns" ao longo da fronteira da Ucrânia. Washington apontou que está monitorando a situação "muito de perto".

O porta-voz do Pentágono, John Kirby, chegou a afirmar que os Estados Unidos estavam preocupados com os movimentos de tropas russas, ainda em seu próprio território, mas perto da fronteira com a Ucrânia. "Não está claro para nós quais são as intenções da Rússia", comentou.

A Ucrânia enfrenta grupos separatistas, apoiados pela Rússia, desde que esse país anexou a península da Crimeia em 2014. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, disse nesta sexta-feira que "a situação é séria", devido às preocupações de que a Rússia esteja preparando "uma nova agressão contra a Ucrânia".

Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, discutiu a situação na fronteira russo-ucraniana em reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, também esta semana. Depois dessa reunião, Von der Leyen afirmou no Twitter que "a UE e os Estados Unidos apoiam totalmente a integridade territorial da Ucrânia".

Em Bruxelas, um alto funcionário da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) declarou a repórteres que a aliança militar "está vigilante e monitora rotineiramente os movimentos das forças russas". O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, se encontrará com Kuleba na segunda-feira na sede da aliança militar em Bruxelas.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895