Um manifestante é morto e quatro policiais se ferem em novo dia de protestos em Cali

Um manifestante é morto e quatro policiais se ferem em novo dia de protestos em Cali

Em 50 dias de protestos na Colômbia, ao menos 62 pessoas já morreram no país

AFP

Confronto em Cali deixou ao menos um morto

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Um novo dia de confrontos entre policiais e manifestantes que bloqueiam estradas na cidade de Cali, Sudoeste da Colômbia, em rejeição ao governo, deixou um manifestante morto e quatro agentes feridos, segundo as autoridades.

Os confrontos começaram na tarde de quinta-feira, quando a polícia tentou dispersar homens encapuzados que montaram uma barricada em uma das entradas da cidade, epicentro dos protestos que mataram dezenas desde o final de abril.

"Nossos policiais foram recebidos com armas de fogo, tiros, deixando um policial ferido por arma de fogo e três outros lesionados", disse o subcomandante da polícia de Cali, coronel Guillén Amaya, em nota à mídia nesta sexta-feira.

Juan David Muñoz, um homem de 23 anos que estava na barricada, morreu durante o confronto, disse à agência de notícias AFP um porta-voz da Secretaria de Segurança da cidade, sem dar detalhes sobre a causa da morte. "A última opção é a força letal, mas quando dispararam contra nossos policiais (...) eles reagiram com suas armas de forma legítima", acrescentou em coletiva de imprensa o responsável pela Segurança, Carlos Soler.

O confronto, que também deixou quatro veículos incinerados, ocorreu em uma área conhecida como Paso del Comercio, onde manifestantes interromperam o tráfego com bloqueios desde 28 de abril, quando multidões saíram às ruas para protestar contra um arrecadação de impostos agora retirado projeto para a classe média.

Embora o Comitê de Greve Nacional, o setor mais visível do protesto, tenha suspendido as manifestações na terça-feira, outros setores insatisfeitos com o governo mantêm marchas, concentrações e bloqueios ativos em várias partes de Cali e Bogotá.

O enviado especial da União Européia, Eamon Gilmore, expressou nesta quinta-feira ao presidente colombiano, Iván Duque, a "preocupação" dos países da comunidade pelas mortes de manifestantes durante a revolta social.

Pelo menos 62 pessoas morreram em cinquenta dias de protestos, segundo autoridades civis e a Defensoroa do Povo (ombudsman), que zela pelos direitos humanos. Dois dos falecidos eram uniformizados.

 


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