Uruguai anuncia saída da Unasul

Uruguai anuncia saída da Unasul

País também confirmou retorno ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca

AFP

Saída foi confirmada pelo Ministério das Relações Exteriores do país

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O Uruguai deixou a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), "uma agência que de fato parou de funcionar" e retorna ao Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR), anunciou o Ministério das Relações Exteriores nesta terça-feira. O novo governo uruguaio decidiu sair da Unasul, um bloco criado em 2008 com o impulso dos governos de esquerda, indicando que "já foi abandonado pela maioria dos países da região, com exceção da Guiana, Suriname e Venezuela".

A maioria dos membros iniciais do bloco, então composto por 12 países, o abandonou em 2018, principalmente devido a diferenças ideológicas. Entre eles, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru. "Este é um órgão regional, baseado em alinhamentos político-ideológicos e, de fato, parou de funcionar: não tem mais sede e carece de um secretariado operacional geral", indica o comunicado da chancelaria.

Como alternativa ao bloco em declínio, e após a união da América do Sul, autoridades da Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Guiana e Chile, como anfitriões, se reuniram em março de 2019 para inaugurar o Fórum para o Progresso da América (Prosul).

O mesmo texto do Ministério das Relações Exteriores do Uruguai também anunciou a decisão de suspender o processo de retirada do TIAR, que tem mais de 15 membros da região e os Estados Unidos. "Com essa medida, o país reforça seu compromisso histórico com o sistema interamericano", afirmou o ministério. O governo de Luis Lacalle Pou (centro-direita), que assumiu o cargo em 1º de março após 15 anos de administração da Frente Amplio (esquerda), entende que a retirada do TIAR "enfraqueceu o sistema interamericano e privou o Uruguai "de fazer sua voz ser sentida nesta área de assistência mútua no campo da defesa coletiva e segurança hemisférica".

Como alternativa ao bloco em declínio, e após a união da América do Sul, autoridades da Argentina, Brasil, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Guiana e Chile se reuniram em março de 2019 para inaugurar o Fórum para o Progresso da América (Prosul).


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