Vacina da Pfizer/BioNTech não está ligada a mortes após injeção, diz regulador europeu

Vacina da Pfizer/BioNTech não está ligada a mortes após injeção, diz regulador europeu

Agência Europeia de Medicamentos analisou imunizante após relatos de que dezenas, principalmente idosos, morreram na Noruega e em outros países após receberem a primeira injeção

Correio do Povo e AFP

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A vacina desenvolvida pelos laboratórios Pfizer/BioNTech contra o coronavírus não tem relação com a morte de pessoas que receberam a injeção e também não apresenta efeitos colaterais novos – concluiu a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) nesta sexta-feira. Em um comunicado, o órgão afirmou que examinou as mortes de pessoas que receberam uma injeção e concluiu que "os dados não mostram qualquer relação com a vacina e que esses casos não mostram que há um problema de segurança" com este fármaco.

A afirmação da Agência, com sede em Amsterdã, ocorreu após relatos de que dezenas, principalmente idosos, morreram na Noruega e em outros países após receberem a primeira injeção da vacina. Em sua primeira atualização de segurança desde que a UE iniciou sua campanha de vacinação em dezembro, a EMA disse que, em geral, os dados "são consistentes com o perfil de segurança conhecido da vacina e nenhum novo efeito colateral foi identificado".

Relatos de reações alérgicas graves ocasionais não foram além do que já havia sido descoberto sobre este "efeito colateral conhecido. Os benefícios da vacina Comirnaty na prevenção de Covid-19 continuam a superar quaisquer riscos, e não há alterações recomendadas em relação ao uso da vacina", lê-se no texto. A Noruega, em particular, registrou 33 mortes entre cerca de 20 mil residentes de lares de idosos que receberam sua primeira dose da vacina Pfizer-BioNTech, mas Oslo disse no início deste mês que não havia estabelecido uma ligação, recomendando que os médicos considerassem a saúde geral dos mais frágeis.

A preocupação aumentou à medida que vários países, incluindo França e também Dinamarca, Finlândia, Islândia e Suécia, deram relatórios semelhantes. A EMA disse que "devido às preocupações que surgiram da Noruega", revisou relatos de mortes de pessoas de qualquer idade após receberem a injeção. "Em muitos casos relativos a indivíduos com mais de 65 anos de idade, a progressão de (múltiplas) doenças pré-existentes parecia uma explicação plausível para a morte", disse, acrescentando que alguns já haviam recebido cuidados paliativos. Lembrou, ainda, que os ensaios clínicos da Pfizer a vacina incluiu pessoas com 75 anos ou mais.

A vacina da Pfizer/BioNTech recebeu aval para uso de emergêncial em 21 de dezembro, sob uma condição. As empresas devem enviar relatórios de segurança todos os meses, em linha com um processo de monitoramento intensificado. A agência disse que “não há mudanças recomendadas em relação ao uso da vacina”.

 

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