Venezuela avisa Inglaterra que responderá a atos contra Assange

Venezuela avisa Inglaterra que responderá a atos contra Assange

Hugo Chávez prometeu ação "contundente" se embaixada do Equador for invadida

AFP

Venezuela avisa Inglaterra que responderá a atos contra Assange

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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, ameaçou nesta segunda-feira a Grã-Bretanha com "respostas contundentes" no caso de autoridades britânicas invadirem a embaixada do Equador em Londres para prender o australiano Julian Assange, assinalando que Quito "não está só" nesta questão. O fundador do site WikiLeaks tenta escapar de um processo de extradição para a Suécia onde responde a dois processos de abuso sexual.

"Sugiro ao governo britânico que pense muito bem em por que terminaram aqueles tempos nos quais os velhos impérios e os novos faziam conosco o que queriam", enfatizou Chávez. O aliado do presidente equatoriano, Rafael Correa, não especificou, contudo, que tipo de ação planeja adotar.

O Equador anunciou na semana passada a concessão de asilo diplomático a Assange por considerar que existem riscos para sua integridade e sua vida em consequência das revelações feitas no Wikileaks. Quito aceitou os argumentos de Assange, que denuncia uma perseguição política de vários países, principalmente dos Estados Unidos, devido à divulgação de centenas de milhares de comunicados diplomáticos e documentos de Washington sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.

Assange entrou na embaixada do Equador em Londres no dia 19 de junho, depois de esgotar todas as opções legais contra um pedido de extradição à Suécia. Na quarta-feira passada, o chanceler equatoriano, Ricardo Patiño, denunciou a ameaça das autoridades britânicas de invadir a sede diplomática equatoriana. O Foreign Office reagiu às declarações de Patiño afirmando que apenas "chamou a atenção do Equador sobre as disposições da legislação britânica, entre elas as garantias sobre os direitos humanos em nossos processos de extradição e o status legal das sedes diplomáticas", em referência à lei de 1987 que permite, em certas condições, suspender a imunidade.


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