Venezuela chama sanções americanas de "armas de destruição em massa"

Venezuela chama sanções americanas de "armas de destruição em massa"

Medidas dos Estados Unidos têm como objetivo forçar Maduro para abandonar o poder

AFP

Medidas dos Estados Unidos têm como objetivo forçar Maduro para abandonar o poder

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O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, denunciou nesta terça-feira no Conselho de Direitos Humanos da ONU as sanções econômicas dos Estados Unidos, que chamou de "armas de destruição em massa". "Obstruir o acesso aos alimentos, aos medicamentos, como arma para a coerção política (...) é uma ação, sob todas as luzes, criminosa. As medidas coercitivas unilaterais equivalem na prática a armas de destruição em massa", disse o ministro em Genebra.

O governo dos Estados Unidos aplica uma bateria de sanções contra o governo do presidente Nicolás Maduro para forçá-lo a abandonar o poder. Washington respalda o líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente encarregado por 50 países. "As medidas coercitivas provocaram severas feridas sociais à população da Venezuela, afetando negativamente toda a gama de direitos humanos", disse Arreaza em seu discurso. Também afirmou que o próprio Maduro "pediu ajuda ao sistema das Nações Unidas para gerar uma política para romper o bloqueio utilizando o petróleo da Venezuela. No entanto, pouco ou quase nada foi feito pelas Nações Unidas". 

Em fevereiro, a Venezuela solicitou ao Tribunal Penal Internacional (TPI) que investigue como as sanções dos Estados Unidos como possíveis crimes contra a humanidade. A instituição terá agora que decidir se inicia uma análise preliminar, que poderia ser seguida por uma investigação formal. "A Venezuela recorre, sim, ao Tribunal Penal Internacional para reivindicar o direito internacional", disse Arreaza, antes de afirmar que "chegou a hora de deter, de frear a loucura da plutocracia americana".

A Venezuela vive uma profunda crise econômica, agravada desde a chegada ao poder de Maduro em 2013, que provocou a fuga do país de 4,8 milhões de pessoas, de acordo com números da ONU.


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